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  • Marcelo Salles Pereira

As Consequências Das Infidelidades De Efraim e Judá

Vejamos o que Oséias diz para os povos de Israel e de Judá a respeito de sua benignidade e, em última análise, de sua fidelidade (ou infidelidade) para com o Senhor.

 



 A imagem foi escolhida para representar a efemeridade das coisas neste mundo.



Sumário



Texto De Referência

 

Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá? Porque a vossa benignidade é como a nuvem da manhã e como o orvalho da madrugada, que cedo passa.

Oséias 6:4

 

 

Introdução

 

Temos uma frase “engraçadinha” em nossos dias que é a seguinte: “tudo passa, até a uva passa”.

 

Essa frase é ainda mais verdadeira hoje em dia. Hoje, nós trocamos as coisas frequentemente. Na tecnologia existe algo chamado de “obsolescência programada”. Nela o produto tem uma data de validade, ele é produzido para que fique obsoleto ou pare de funcionar em um período curto de tempo (Brasil Escola).

 

Dessa forma, a pessoa terá que comprar um produto mais novo após a parada de funcionamento do antigo. Esse é um exemplo de algo que não ficará funcionando por toda a vida, é algo que passará.

 

Na natureza temos os animais e os seres humanos que nascem, vivem e morrem. Eles passam. Também, temos as plantas que passam pelo mesmo processo.

 

Tudo o que fazemos em nossa vida vai passar, ainda que seja registrado num livro. Nossas atividades ficarão no passado.

 

 

As Consequências Das Infidelidades De Efraim e Judá

 

No começo do versículo temos duas perguntas que o Senhor faz:

 

“Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá?”

 

Antes de chegar nestas perguntas, o profeta Oséias diz que o Senhor feriu a Israel e que o sarará. Ele diz que o povo deveria se voltar para o Senhor e procurar conhecê-lo, que Ele viria como a chuva serôdia que rega a terra.

 

Aí chegamos em nosso versículo. A chuva serôdia nos mostra que a vinda do Senhor era certa, da mesma forma que a alva é certa. No caso de Efraim e Judá a benignidade deles era passageira, pois eram como a nuvem da manhã e como o orvalho da madrugada.

 

O apóstolo Pedro vai além nessa ideia de que tudo passa:

 

Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada. (1 Pedro 1:24,25)

 

Nossa vida é passageira, ela vai passar. Alcançamos alguma glória neste mundo? Essa glória vai passar quando formos para a sepultura.

 

Oséias viveu sob o reinado de Jeroboão em Israel e Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias em Judá.

 

Jeroboão era de Efraim e foi o primeiro rei de Israel após a divisão entre o reino do norte, Israel, e o reino do sul, Judá. Jeroboão iniciou o culto a outros deuses no reino de Israel, levando-os à idolatria.

 

Na Bíblia Sagrada idolatria é comparada à prostituição, por causa da infidelidade em relação ao Senhor. A adoração deve ser direcionada somente ao Senhor, pois somente Ele é Deus.

 

Ok, então a pergunta em relação a Efraim tem uma causa, a idolatria em Israel, mas e quanto a Judá?

 

Oséias foi contemporâneo do rei Acaz de Judá. Esse rei foi idólatra, tendo fechado as portas do Templo de Deus e sacrificou o próprio filho aos deuses pagãos, além de outras abominações.

 

Aí está a resposta. Judá sofreria por causa de um de seus reis que se voltou contra o Senhor.

 

Então, Jeroboão de Israel e Acaz de Judá se prostituíram e ensinaram o povo de ambos os reinos a se prostituírem com deuses pagãos.

 

O cativeiro viria sobre os dois reinos por causa de reis que não continuaram confiando e adorando ao Senhor. Algo que percebo na palavra de Deus é que quanto maior a pessoa é na hierarquia de uma sociedade, mas essa pessoa será cobrada.

 

Os reis em Israel e em Judá deveriam dar o exemplo para o povo, eles deveriam ser aqueles que honrariam em primeiro lugar a Deus. O povo vendo isso iria seguir o exemplo desses reis e também honrariam e adorariam a Deus.

 

A questão do exemplo é muito importante. Quando Deus repreendia um rei Ele usava o exemplo do rei Davi. Quando a Bíblia diz que um rei não estava honrando ao Senhor ela diz que determinado rei não andou da forma que o rei Davi andou. Da mesma forma, a Bíblia usa os maus exemplos, usa o exemplo de reis que não andaram corretamente diante do Senhor e, assim, todos os reis posteriores que não andaram corretamente são relacionados com o mau exemplo daquele primeiro rei.

 

Jeroboão se tornou um mau exemplo e praticamente todos os reis que vieram depois dele no reino do norte, no reino de Israel, seguiram os mesmos passos desse rei.

 

O Senhor é tão longânimo que mandou vários profetas para alertar os reis do reino do norte para que voltassem para Ele, mas em sua grande maioria eles não deram ouvidos.

 

O reino do Sul teve reis mais voltados para o Senhor, mas nem todos. Deus também foi longânimo com eles, Ele deu vários alertas, mas chegou o momento que não teve mais jeito. Deus usa profetas para falar sobre um cativeiro que viria no futuro para ambos os reinos, mas no último versículo Ele diz que os traria do cativeiro:

 

“Vejo uma coisa horrenda na casa de Israel, ali está a prostituição de Efraim; Israel está contaminado.

Também para ti, ó Judá, está assinada uma sega, quando eu trouxer o cativeiro do meu povo.” (Oséias 6:10,11)

 

Comentaristas bíblicos concordam que aqui Deus está dizendo que o povo será trazido de volta de um cativeiro que eles terão que passar em um futuro ainda incerto.

 

Notemos que as ações dos dois reinos os levarão ao cativeiro. A sua falta de temor a Deus foi a semeadura e eles colheriam o que eles plantaram.

 

Voltando ao versículo quatro, “cedo passa” quer dizer não apenas que a bondade dos dois reinos era efêmera, mas quer dizer também que o castigo, o cativeiro, iria passar.

 

Enquanto estivermos neste mundo as coisas virão e irão embora. Essa é a característica principal de um mundo que se transforma a cada momento. Plantas e árvores passam por um processo de queda de folhas e depois vem o tempo do nascimento de novas folhas.

 

Assim é este mundo no qual peregrinamos, porém, virá o dia em que seremos libertados e estaremos para sempre com aquele que nos chamou para sermos dEle eternamente.

 

 

Conclusão

 

Essa ideia de que tudo neste mundo é passageiro permeia a palavra de Deus. Neste texto é usado como exemplo a benignidade que tanto em Israel quanto em Judá ficavam para trás muito rapidamente.

 

Note que, por não ser permanente, a benignidade inevitavelmente levava os dois povos à idolatria e, como já sabemos, idolatria é prostituição, é infidelidade ao Senhor.

 

Muitos dizem que o Senhor permanece sempre fiel. Isso é verdade, mas como vimos nossa infidelidade traz consequências profundas. Nos lembremos disso quando estivermos dando muito valor às coisas desse mundo.

 

Nos lembremos de que Pedro nos diz que somos peregrinos neste mundo e ser peregrino é estar de passagem por um lugar. Nossa peregrinação tem por objetivo alcançarmos o que é eterno, a salvação de nossas almas. Lembre-se que o Senhor despedaça, mas é Ele quem cura. Tudo neste mundo passará, até esse universo atual passará:

 

“Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia.” (Apocalipse 21:1)

 

Enquanto darmos muito valor ao que é passageiro teremos dificuldade de ver e de um dia alcançar o que é eterno.

 

Como diz Oséias no início do capítulo:

 

"Venham, voltemos para o Senhor. Ele nos despedaçou, mas nos trará cura; ele nos feriu, mas sarará nossas feridas.”

 

Voltar-se ao Senhor é dar valor ao que é eterno e evitar idolatrar o que é passageiro.

 

Que o Senhor te abençoe e te guarde! 

 


 

Dica De Leitura



Comentário Bíblico - Oséias - A restauração dos filhos de Deus

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